VAMOS
AGORA CONHECER OS DEPOIMENTOS SOBRE O PAPEL DA LEITURA E ESCRITA NA VIDA DOS CURSISTAS DO NOSSO GRUPO:
ROSELY
MARIA DE JESUS CAMPOS DE LIMA
Para escrever sobre a minha experiência com a leitura preciso voltar no tempo,
muito tempo e relembrar muitos momentos felizes da minha infância. Imagino que
a minha experiência começou como a de todas as crianças nos primeiros rabiscos,
desenhos, copia de letras e de palavras sem o menor significado mas que já
garantiam um status com os meus irmãos mais velhos que já sabiam ler e orgulho
para a minha mãe que dentro do seu humilde conhecimento me ensinava a escrever
o meu nome, no papel de pão. Talvez muitos não sabiam mas o pão era chamado de
filão ou bengala e vinha enrolado em um papel de pão lembra hoje, um papel
manteiga, que minha mãe desenrolava cuidadosamente para que pudéssemos usar. O
caderno era muito caro pelo menos para a minha família e não havia tantas
opções como hoje e muito menos o kit de material escolar fornecido nas escolas
como muitas outras coisas, entre elas o fato de que estudar era muito importante e a única
forma de se pensar em uma ascensão social. A
escola tinha valor, assim como o s professores e os alunos.
Não tínhamos livros e nem enciclopédias em casa. Adorava frequentar a
casa de uma amiga, cujos pais eram professores da escola primária e tinham em
casa uma estante com algumas enciclopédias e dicionários. Lá fazíamos pesquisa
para os trabalhos escolares e ampliávamos também o nosso vocabulário,
procurando escondidas dos pais dela, o significado de alguns palavrões. Dávamos
muitas gargalhadas! Como era bom fazer coisas erradas e enganar os adultos.
Certa vez apareceu um livro em casa
e devorei-o! Concordo com Rubem Alves, transubstanciei.
O título do livro era “A vida de Paquito” não me recordo o nome do autor.
Contava a história de um cachorro perdido, chorei muito.
Na escola, ganhei um livro no final da 2ª série da minha professora por
ter notas boas durante o ano. “ Férias no Havaí” tinha muitos desenhos do
Mikey, Pluto. Li e reli centena de vezes. Não tinha mais opções como muitas
crianças, ainda hoje. A partir da 5ª série, líamos um livro por ano já que a
maioria dos pais compravam e não ganhavam, todos os materiais com muita
dificuldade.Lembro-me que li “Meu de laranja lima”,escrito por ,José Mauro de
Vasconcelos, e também chorei muito...
Recentemente, fizeram um filme não tive a oportunidade de assistir, mas
contei a história para a minha filha. Achei importante compartilhar esse
momento com ela, como faço neste fórum.
Os problemas na educação não são recentes. Hoje falamos muito sobre eles.
Penso que na minha época corríamos atrás de soluções para seguir em frente:
professores e alunos com objetivo, foco, meta, não éramos visto apenas como
alunos interessados ou coitadinhos.
Vejo no depoimento da Marilena Chauí a minha experiência com leitura e
escrita: me reportar a mundos novos, ideias e sentimentos novos, descoberta
sobre nós mesmos, os outros, a realidade.
E assim como Rubens Alves, sou o que sou pelo que li, pelo que estudei
pelo que busquei e pelo que ainda não encontrei.
Mas como Gabriel, o pensador, também não gostava de escrever nem tema
livre e nem a famosa redação sobre as minhas férias que eram sempre iguais. Não
viajava, não saia de casa.
Será que naquela época poderia processar as minhas professoras por
bullying, já que todo ano me sentia exposta e até inventava passeios para não
ficar mal diante dos colegas, como hoje?
Hoje simplesmente amo ler. Leio tudo, sobre tudo. Mesmo com pouco tempo.
Já escrever, não é o meu forte e assim continuo me empenhando, me
dedicando e me inspirando. Quem sabe um dia eu consiga...
SANDRO ROBERTO DA
SILVA
Minhas
primeiras experiências com a leitura foram com os gibis da turma da Mônica e do
Fantasma. Na escola no período do ginásio (EFII) tive a oportunidade de ler A
Ilha Perdida e Viagem ao Centro da Terra, depois fazer resumo do livro valendo
nota.
No
colegial (EM) tive a oportunidade de ter como professor o ex-vice- prefeito DrWaltely
de Aquino, essa passagem foi marcante, pois eu não tinha muita facilidade na
escrita, então nas redações eu sempre escrevia as letras grandes e mais
espaçadas, inocência a minha, mas quando chegava às mãos do professor, ele
passava o olho me devolvia e pedia que eu refizesse, claro que com letras menores
e mais elaborado a escrita...aí sim era meu terror... mas aprendi muito com
ele.
Concordo
com o relato de “Marilena Chaui” , “a leitura nos abre para mundos novos,
ideias e sentimentos novos, descobertas sobre nós mesmos, outros e a
realidade”. E também com “Newton Mesquita”, “os livros e a leitura nos
possibilitam ir a outros países, conhecer civilizações, culturas, outras pessoas,
ver como elas viveram, pensaram, descobriram e escreveram”.
SIMONE MARIA DA
SILVA
SIRLE BRITO QUEIROZ
VAGNER DE ARAÚJO COSTA
VERÔNICA HIROMI
NAKAYACHI ANDRADE
Meu pai sempre foi um
grande incentivador da leitura, desde pequena me lembro das leituras das
fábulas de Esopo, La Fontaine e Andersen da coleção de livros que tínhamos na estante.
Através da leitura, eu viajava nas fábulas e no mundo encantado dos
personagens. A história da pequena sereia de Andersen me deixava deslumbrada,
as figuras do livro eram belas e eu me transportava para aquele mundo de
fantasias e na época fiquei me questionando porque um final tão triste. A
história da sereia criou em mim um momento de reflexão, dúvidas e
discordâncias.
Comecei a me interessar
pelas histórias em quadrinhos aos 6 anos logo quando comecei a ler, eu adorava as
narrações e as sequências de desenhos. Na minha infância os gibis eram o meus
livros de cabeceira.
Atualmente gosto mesmo
é dos romances, talvez porque sou uma eterna apaixonada, ler me traz emoção,
sensibilidade, aprimoramento interior e faz a minha alma viajar...
WELTON APARECIDO
FERREIRA GOMES
Ao refletir sobre uma de minhas experiências com a
leitura, me recordo da quinta série atual sexto ano, em que eu debaixo da
carteira, achei um livro do Costinha; “ O contador de piadas”, esse livro me
rendeu muitas histórias, tanto é, que na minha turma me elegeram o contador de
piaras, até tínhamos um certo acordo com alguns professores em que na medida em
que acabávamos a lição proposta, íamos fazendo um círculo no fundo da sala, pra
contar piadas. Quem vocês acham que terminava a lição primeiro? Risos!! Então todos os dias eu lia piadas novas para continuar sendo “ o
contador de piadas”.
Atualmente eu aplico esse conceito em uma de minhas
turmas, e funciona muito bem.
Também recomendo livros que li feito, “ Na vida dez
na escola zero” de “ Terezinha N. Carraher; e alguns do fantástico Celso
Antunes. ...